terça-feira, 24 de junho de 2008

Modernidade ou Pós-Modernidade: Cenários da Transformação.

A PEDAGOGIA NO EMBATE ENTRE MODERNISMO E PÓS-MODERNIDADE

Estudos recentes têm discutido as ligações entre Pedagogia e modernidade, destacando o atrelamento do discurso pedagógico corrente à visão iluminista da educação, avaliando possibilidades de incorporação de temas da pós –modernidade e buscando práticas pedagógicas alternativas.

Segundo Giroux (1993), a teoria e a prática educacionais vigentes estão estreitamente ligadas à linguagem e aos pressupostos do modernismo. A pós-modernidade sinaliza mudanças, dentro de uma continuidade, em direção a um conjunto de condições sociais e estaria reconstituindo o mapa social, cultura e geográfico do mundo e produzindo novos prardigmas de crítica cultural. Ele ainda apresenta as interpretações de dois autores: Lyotard e Jameson.

Para Lyotard, o pós-modernismo designa um movimento de rejeição das grandes narrativas, das teorias globalizantes, das filosofias metafísicas. Vivemos num mundo sem estabilidade, em que o conhecimento está constantemente mudando, sem necessidade de uma visão teleológica da história, isto é, sem superteorias que definam ao finalidade da história humana, a autonomia, o destino do homem, etc.


Para Jameson, o pós-modernismo é visto como expressão da lógica cultural do capital, um estágio do chamado capitalismo tardio. Refere-se tanto a uma teoria social (questionamento, crítica da visão do modernismo) quanto a um conjunto emergente de condições sociais, culturais e econômicas que caracterizam a era do capitalismo e do industrialismo global.

Juntando os dois autores e outros, algumas características da condição pós-moderna:
1) Ponto de vista filosófico: rejeita idéia mestras formuladas no âmbito do Iluminismo e da tradição filosófica ocidental. Criticam também uma elite intelectual que se julga vanguarda dos movimentos sociais, como se fossem donos do destino da sociedade. Argumentam em favor de uma pluralidade de vozes e narrativas, em torno de demandas de novos atores sociais.


2) Ponto de vista econômico: desconcentração do capital, com a internacionalização dos mercados; transformações técnico-cientfíficas – expansão da força de trabalho dedicada ao trabalho não-manual; intelectualização, demandando mão-de-obra mais qualificada.

Referência:
LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos para quê? São Paulo: Cortez, 2002.

Um comentário:

galego disse...

Olhe gostei muito de sua fala , inclusive você voi muito feliZ.
agora me responda se estiver ao seu alcanse intelectivo, è uma duvida minha. seria possivel indetificarmos uma paidéi na cultura moderna?