sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

A Crise segundo "Einstein"

Não pretendemos que as coisas mudem se sempre fazemos o mesmo. A crise é a melhor benção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque a crise traz progressos. A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise, supera a si mesmo sem ficar "superado". Quem atribui à crise seus fracassos e penúrias, violenta seu próprio talento e respeita mais aos problemas do que às soluções. A verdadeira crise é a crise da incompetência. O inconveniente das pessoas e dos países é a esperança de encontrar as saídas e soluções fáceis. Sem crise não há desafios, sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise não há mérito. É na crise que se aflora o melhor de cada um. Falar de crise é promovê-la, e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo. Em vez disso, trabalhemos duro. Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora que é a tragédia de não querer lutar para superá-la.

Albert Einstein

sábado, 5 de julho de 2008

Mídia e Educação

BELLONI, Maria Luiza. O que é Mídia-Educação? Campinas, SP: Autores Associados, 2001. (Coleção Polêmicas do nosso tempo).

Conceitos iniciais:
• aspectos da integração das tecnologias de informação e comunicação (TIC) aos processos educacionais;
• a idéia da essencialidade da educação para as mídias como instrumento fundamental para a democratização das oportunidades educacionais e do acesso ao saber e, portanto, da redução das desigualdades.

1) A Cibercultura e a Metáfora do Impacto
• metáforas vêm se sucedendo na tentativa de representar os efeitos das técnicas eletrônicas de comunicação sobre os modos de produção e reprodução da vida social;
• grandes mutações na educação (Mc Luhan, 1968 e Lima, 1971); parábola do texto de Fedro (Platão) Esta parábola, discute o impacto da invenção da técnica sobre a inteligência e a memória do ser humano;

•Braudrillard: o sucesso da realidade virtual com sua idéia de simulacro;

•Lucien Sfez, identifica 3 grandes metáforas:
Ø representar ou a máquina (o homem domina a máquina):os primórdios do cinema (otimismo ingênuo – herança séc. XIX );
Ø exprimir ou o organismo: organismo corresponde ao otimismo tecnicista – expansão do capitalismo após 2ª Guerra e advento e disseminação da televisão;
Ø confundir ou o Frankenstein (criatura que escapa ao controle de seu criador): representa um visão apocalíptica e pessimista do desenvolvimento desenfreado das novas tecnologias da informação – inteligência artificial redutora da inteligência humana.

•metáforas da imersão, da simbiose ou da navegação, relacionadas diretamente com as diferentes formas ou meios técnicos de interatividade;

•G. Friedmann (1977), “meio ambiente técnico, caracterizado pela tecnificação crescente no mundo do trabalho e em outras esferas da vida social (lazer, cultura das relações pessoais);

•os meios de comunicação constituíam uma escola paralela, através da qual crianças e adultos, estariam aprendendo conteúdos mais interessantes e atraentes do que os da escola convencional (Porcher, 1977);

•o essencial da questão: as tecnologias são mais do que meras ferramentas a serviço do ser humano (modificam o ser humano em direções desconhecidas e talvez perigosas para a humanidade);

•Pierre Lévy e “sociotécnica”, consideram inadequada a metáfora do impacto;

•Em contraponto o impacto ajuda-nos a compreender os desafios colocados aos sistemas educacionais pela difusão em larga escala das TIC;
•A escola ainda não absorveu totalmente as tecnologias eletrônicas de comunicação;
•A entrada das TIC nas escolas ocorre sobretudo como resultado da pressão do mercado;defasagem com relação às demandas sociais e à cultura das gerações mais jovens;
•o impacto das TIC na cultura jovem, caso perceptível a analisarmos a violência juvenil na escola.

Impossível negar a noção de impacto das tecnologias, principalmente quando jovens estão reproduzindo comportamentos estereotipados tirados diretamente de algum produto desta indústria que se diz “cultural”, chamada por S. Turkle de “cultura da simulação”.

2) A Sociedade Digitalizada
•O desenvolvimento acelerado das TIC deve-se essencialmente a três fenômenos:
•a miniaturização possibilitou a baixa dos custos e a difusão de massa das TIC;
•larga penetração na vida cotidiana tanto no mundo do trabalho como na esfera do lazer;
•as redes multiplicam as capacidades de transporte de uma quantidade enorme de informação banalizadas;
•mercado muito promissor;
•a digitalização, estabelecendo escala única de quantificação, possibilitando a tarificação de todas as informações.

•A informação é uma nova moeda de troca/valor, tão importante quanto o dinheiro; Na revolução tecnológica, porém, a grande ausência é justamente a informação nova e relevante;
•As TIC avançaram mais rapidamente do que a própria informação;
•Problemas das necessidades novas, dos conteúdos a ser criados e dos novos usos que estão sendo inventados.

•TIC são o resultado da fusão de 03 grandes vertentes técnicas: a informática, as telecomunicações e as mídias eletrônicas;
•o impacto dessas tecnologias nas sociedade e suas instituições: é preciso valoriza o mundo real dos sujeitos, considerá-los como protagonistas de sua história e não como “receptores” de mensagens e consumidores de produtos culturais;
•a noção de impacto como uma força externa ao sujeito que o modifica, porém a direção e a intensidade não estão contidas nas virtualidades das técnicas, mas dependem das opções políticas da sociedade.

3) Tecnologias e Educação
•As sociedades contemporâneas;um novo tipo de indivíduo e de trabalhador em todos os setores sociais e econômicos:
•dotados de competências técnicas múltiplas, habilidade no trabalho em equipe, capacidade de aprender de adaptar-se a situações novas.

•Os desafios para os sistemas educacionais:

•na formação inicial: reformular radicalmente currículos e métodos de ensino, enfatizando habilidades de aprendizagem e a interdisciplinaridade, sem negligenciar a formação do espírito científico e das competências de pesquisa, além de atender as demandas crescente de formação ao longo da vida
•as mudanças deverão ocorrer no sentido de aumentar a oferta de oportunidades de acesso e, ao mesmo tempo, diversificar esta oferta de modo a adaptá-la às novas demandas.

•a formação ao longo da vida: os sistemas de educação terão necessariamente que expandir sua oferta de serviços, ampliando seu efetivos de estudantes em formação inicial e criando novas ofertas de formação continuada.

•será necessário criar outros processos e métodos de trabalho que aumentem a produtividade dos sistemas –investimento em tecnologias novas e adequadas. Isso irá exigir uma integração das novas TIC, principalmente como ferramentas pedagógicas efetivamente a serviço da formação do indivíduo autônomo.

•Campos emergentes de pesquisa e de práticas como a andragogia, a mídia-educação, a educação a distância e a comunicação educacional podem vir a contribuir inestimavelmente para a transformação dos métodos de ensino e da organização do trabalho nos sistemas convencionais, bem como para a utilização adequada das tecnologias de mediatização da educação.

4) Mediatização: da Tecnologia à Comunicação Educacional

•Mediatizar significa, codificar as mensagens pedagógicas, traduzindo-as sob diversas formas, segundo o meio técnico escolhido, respeitando as características técnicas e as peculiares de discurso do meio técnico;
•Significa incluir desde a seleção e elaboração dos conteúdos, a criação de metodologias de ensino e estudo;
•centradas no aprendente, voltadas para a formação da autonomia, a seleção dos meios mais adequados e a produção de materiais, até a criação e implementação de estratégicas de utilização destes materiais e de acompanhamento do estudante de modo a assegura a interação do estudante como sistema de ensino;

5) Novos professores, outros alunos
• Do livro e do quadro de giz à sala de aula informatizada e on line a escola vem dando saltos qualitativos;
• nossos alunos já não são os mesmo, “estão em outra”, são outros, têm uma relação diferente com a escola;
• “modos de aprendizagem mediatizada”, que considera dois principais componentes dessa nova pedagogia: a utilização das tecnologias de produção, estocagem e transmissão de informações e o redimensionamento do papel do professor;
• ser produtor de mensagens inscritas em meios tecnológicos, destinadas a estudantes a distância, e como usuário ativo e crítico e mediador entre estes meios e os alunos;
• é fundamental encarar as tecnologias como ferramentas, como meios, o que inclui as máquinas, mas também os programas, e, sobretudo, os saberes, instrumentos intelectuais e verbais;
• o professor terá que aprender a trabalhar em equipe a transitar com facilidade em muitas áreas disciplinares;
• imprescindível quebrar o isolamento da sala de aula convencional e assumir funções novas e diferenciadas. O professor terá que aprender a ensinar a aprender.

sábado, 28 de junho de 2008

Socinfo

O que é o programa?


O Programa Sociedade da Informação é resultado de trabalho iniciado em 1996 pelo Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia. Sua finalidade é lançar os alicerces de um projeto estratégico, de amplitude nacional, para integrar e coordenar o desenvolvimento e a utilização de serviços avançados de computação, comunicação e informação e de suas implicações na sociedade. Essa iniciativa permitirá alavancar a pesquisa e a educação, bem como assegurar que a economia brasileira tenha condições de competir no mercado mundial.

Quais são seus objetivos/metas?

Seu principal objetivo é alavancar o desenvolvimento da Nova Economia em nosso País, acelerando a introdução das tecnologias da Sociedade da Informação no ambiente empresarial brasileiro.
As metas consistem em contemplar um conjunto de ações para impulsionar a Sociedade da Informação no Brasil em todos os seus aspectos: ampliação do acesso, meios de conectividade, formação de recursos humanos, incentivo à pesquisa e o desenvolvimento, comércio eletrônico, desenvolvimento de novas aplicações.

Quais são as suas propostas para a área da educação?

Suas propostas partem dos pressupostos de que a educação como o elemento-chave na construção de uma sociedade baseada na informação, no conhecimento e no aprendizado e parte considerável do desnível entre indivíduos, organizações, regiões e países deve-se à desigualdade de oportunidades relativas ao desenvolvimento da capacidade de aprender e concretizar inovações.
O programa traz o entendimento de que educar em uma sociedade da informação significa muito mais que treinar as pessoas para o uso das tecnologias de informação e comunicação: trata-se de investir na criação de competências suficientemente amplas que lhes permitam ter uma atuação efetiva na produção de bens e serviços, tomar decisões fundamentadas no conhecimento, operar com fluência os novos meios e ferramentas em seu trabalho, bem como aplicar criativamente as novas mídias, seja em usos simples e rotineiros, seja em aplicações mais sofisticadas. Trata-se também de formar os indivíduos para “aprender a aprender”, de modo a serem capazes de lidar positivamente com a contínua e acelerada transformação da base tecnológica.

De que forma pode-se relacionar a pedagogia com as questões propostas pela Socinfo?

Apoiando aos esquemas de aprendizado, de educação continuada e a distância baseados na Internet em redes, mediante fomento a escolas, capacitando os professores, valorizando a auto-aprendizagem e certificando-os em tecnologias de informação e comunicação em larga escala; implantando reformas curriculares que visam o uso de tecnologias de informação e comunicação em atividades pedagógicas e educacionais, em todos os níveis da educação formal.

Referência:
http://www.sbc.org.br/p_d/livroverde.html

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Conclusão dos Seminários

Sociedade industrial:
Visava o resultado, a produção;
empresa: seu próprio mundo;
profissional com dedicação exclusiva e uma só atividade;
para ter sucesso profissional, investia-se nos cursos superiores, títulos, domínio de língua estrangeira, conhecimento em informática.

Sociedade da informação:
Visa também o resultado, mas com um diferencial: qualidade da produção;
mundo globalizado;
profissional polivalente, capaz de atuar e intervir na empresa como um todo;
hoje, além do sucesso profissional, dos cursos superiores, títulos, dentre outros, a aprendizagem comportamental faz a diferença. O profissional precisa apresentar linguagem verbal e corporal, empatia, postura e ética;
o trabalhador precisa ter uma visão crítica, ser audacioso e criativo.

Referência:
LOPES, Izolda... [et al.]. Pedagogia empresarial: uma nova visão da aprendizagem nas organizações. Rio de Janeiro: o autor, 2006. p31-32

Documentos de Identidade – Uma Introdução ás Teorias do Currículo

O Fim das Metanarrativas: o Pós-Modernismo
O pós-modernismo não representa, uma teoria coerente e unificada, mas um conjunto variado de perspectivas, abrangendo uma diversidade de campos intelectuais, políticos, estéticos, epistemológicos. Questiona os princípios e pressupostos do pensamento social e político estabelecidos e desenvolvidos a partir do Iluminismo. Razão, ciência, racionalidade e progresso constante, na perspectiva pós-modernista, são precisamente idéias que estão na raiz dos problemas que assolam nossa época. Têm importantes implicações curriculares, nossa noção de educação, pedagogia e currículo estão solidamente fincadas na Modernidade e nas idéias modernas. Seu objetivo consiste em transmitir o conhecimento cientifico, em formar um ser humano supostamente racional, autônomo e democrático. Através desse sujeito que se pode chegar ao ideal moderno de uma sociedade racional, progressista e democrática.

O pós-modernismo tem uma desconfiança profunda à pretensões totalizantes de saber do pensamento moderno, em sua perspectiva social moderna busca elaborar teorias e explicações que sejam as mais abrangentes possíveis (único sistema). No jargão pós-moderno, o pensamento moderno é particularmente adepto das “grandes narrativas”, das “narrativas mestras”, expressão da vontade do domínio e controle dos modernos. O pós-modernismo questiona as noções de razão e de racionalidade, que ao invés de levar ao estabelecimento da sociedade perfeita do sonho iluminista, levaram o pesadelo de uma sociedade totalitária e burocraticamente organizada (sistemas brutais e cruéis de opressão e exploração). Também coloca em dúvida a noção de progresso, que na visão pós-modernista não é algo necessariamente desejável ou benigno (resultado em certos subprodutos claramente indesejáveis).

Filosoficamente, o pensamento moderno é estreitamente dependente de certos princípios considerados fundamentais, últimos e irredutíveis, baseados nalguma noção humanista de que o ser humano tem certas características essenciais, as quais devem servir de base para construção a sociedade. No jargão pós-modernista, esse pensamento é qualificado como “fundacional” e que não nada que justifique privilegiar esses princípios em detrimento de outros. O pós-modernismo é radicalmente antifundacional.

O pós-modernismo ataca o sujeito racional, livre, autônomo, centrado e soberano da Modernidade, pelo qual o sujeito está soberanamente no controle de suas ações: ele é um agente livre e autônomo, guiado unicamente por sua razão e por sua racionalidade, está no centro da ação social e sua consciência é o centro de suas próprias ações. É unitário: sua consciência não admite divisões ou contradições e seguindo Descartes, ele é identitário, sua existência coincide com seu pensamento. Aproveitando de várias análises contemporâneas (psicanálise e o pós-estruturalismo) o pós-modernismo coloca em dúvida essas questões. Para o pós-modernismo, o sujeito não converge para um centro, supostamente coincidente com sua consciência, ele é fundamentalmente fragmentado e dividido, não é o centro da ação social. Ele não pensa, fala e produz: ele é pensado, falado e produzido. É dirigido a partir do exterior: pelas estruturas, pelas instituições, pelo discurso. Enfim, o sujeito moderno é um ficção.

O pós-modernismo tem um estilo que tudo se contrapõe à linearidade e à aridez do pensamento moderno. Privilegia:
pastiche, a colagem, a paródia e a ironia;
a mistura, o hibridismo e a mestiçagem – de cultura, de estilos, de modos de vida;
inclina-se para a incerteza e a dúvida;
no lugar das grandes narrativas e do “objetivismo”, prefere o “subjetivismo” das interpretações parciais e localizadas;
rejeita distinções categóricas e absolutas, como “alta” e “baixa” cultura;
dissolvem-se também as rígidas distinções entre diferentes gêneros: filosofia e literatura, ficção e documentário, textos literários e argumentativos.

As instituições e os regimes políticos que tradicionalmente encarnam os ideais modernos do progresso e da democracia parecem crescentemente desacreditados. A ciência e a tecnologia já não encontram em si próprias a justificação de que antes gozavam. O cenário é claramente de incerteza, dúvida e indeterminação.

Nesse contexto, parece haver uma incompatibilidade entre o currículo existente o pós-moderno. Ele é a própria encarnação das características modernas, é linear, sequencial, estático. Sua epistemologia é realista e objetivista. È disciplinar e segmentado. Está baseado numa separação rígida entre “alta” e “baixa” cultura, entre conhecimento científico e conhecimento cotidiano. O problema não é apenas o currículo existentes, é a teorização crítica da educação e do currículo que segue, em linhas gerais, os princípios da grande narrativa da Modernidade, ainda dependente do universalismo, do essencialismo e do fundacionalismo do pensamento moderno.

Referência:
SILVA, Tomaz Tadeu. Documentos de Identidade: uma introdução às teorias do currículo. 2ª ed. Autêntica: Belo Horizonte, 2005.




terça-feira, 24 de junho de 2008

Modernidade ou Pós-Modernidade: Cenários da Transformação.

A PEDAGOGIA NO EMBATE ENTRE MODERNISMO E PÓS-MODERNIDADE

Estudos recentes têm discutido as ligações entre Pedagogia e modernidade, destacando o atrelamento do discurso pedagógico corrente à visão iluminista da educação, avaliando possibilidades de incorporação de temas da pós –modernidade e buscando práticas pedagógicas alternativas.

Segundo Giroux (1993), a teoria e a prática educacionais vigentes estão estreitamente ligadas à linguagem e aos pressupostos do modernismo. A pós-modernidade sinaliza mudanças, dentro de uma continuidade, em direção a um conjunto de condições sociais e estaria reconstituindo o mapa social, cultura e geográfico do mundo e produzindo novos prardigmas de crítica cultural. Ele ainda apresenta as interpretações de dois autores: Lyotard e Jameson.

Para Lyotard, o pós-modernismo designa um movimento de rejeição das grandes narrativas, das teorias globalizantes, das filosofias metafísicas. Vivemos num mundo sem estabilidade, em que o conhecimento está constantemente mudando, sem necessidade de uma visão teleológica da história, isto é, sem superteorias que definam ao finalidade da história humana, a autonomia, o destino do homem, etc.


Para Jameson, o pós-modernismo é visto como expressão da lógica cultural do capital, um estágio do chamado capitalismo tardio. Refere-se tanto a uma teoria social (questionamento, crítica da visão do modernismo) quanto a um conjunto emergente de condições sociais, culturais e econômicas que caracterizam a era do capitalismo e do industrialismo global.

Juntando os dois autores e outros, algumas características da condição pós-moderna:
1) Ponto de vista filosófico: rejeita idéia mestras formuladas no âmbito do Iluminismo e da tradição filosófica ocidental. Criticam também uma elite intelectual que se julga vanguarda dos movimentos sociais, como se fossem donos do destino da sociedade. Argumentam em favor de uma pluralidade de vozes e narrativas, em torno de demandas de novos atores sociais.


2) Ponto de vista econômico: desconcentração do capital, com a internacionalização dos mercados; transformações técnico-cientfíficas – expansão da força de trabalho dedicada ao trabalho não-manual; intelectualização, demandando mão-de-obra mais qualificada.

Referência:
LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos para quê? São Paulo: Cortez, 2002.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Reestruturação Produtiva: Acumulação Flexível e Sociedade da Informação

Principais mudanças sociais, políticas e econômicas
· Computador: libertação do trabalho rotinizado;
· Economia totalmente da informação;
· A informação nasce com o conceito de fundamental, de peso;
· Considerada como “moeda de troca”, em função da 2ª Guerra Mundial, as transformações posteriores, como o computador, tem a capacidade de lidar com a informação;
· O advento do computador, processa e armazena dados, virando informação;
· Nasce na década de 40: grande evolução do computador – capacidade de criar uma civilização invisível;
· Para alguns autores, o computador vem para controlar e desqualificar o trabalho do sujeito;
· Reestruturação produtiva, adequar ao mercado, globalização e neo-liberalismo, redes de informação, ajuda a flexibilizar, produção flexível “just in time”;
· 1973, crise do petróleo, Guerra Fria;
· flexibilidade: acumulação, leis trabalhista, mercado instável;

Antecedentes
Diante do esgotamento do modelo de acumulação fordista, surgiu então um novo modelo cuja principal característica é a flexibilidade do capital, dos produtos, dos mercados e do processo de trabalho.
De acordo com Harvey (1994), o novo modo de acumulação, chamado de “acumulação flexível”, se caracteriza pela “crescente capacidade de manufatura de uma variedade de bens e preços baixos em pequenos lotes, permitindo uma aceleração do ritmo da inovação do produto, ao lado da exploração de mercados restritos altamente especializados e de pequena escala, o tempo de giro reduzido drasticamente pelo uso de novas tecnologias produtivas (robótica) e de novas formas organizacionais.

Este leque de mudanças tem uma diversidade de experimentações e trajetórias: o modelo japonês – Toyotismo, modelo sueco – Volvismo, modelo italiano – “terceira Itália”. Todos caracterizaram-se por grandes invações tecnológicas na produção, pela presença do capital flexível e principalmente por novas relações entre o capital e a força de trabalho e por fusões de empresas para intercâmbio de tecnologia, produtos e recursos humanos.

Referência:
KUMAR, Krishan. Da Sociedade Pós-Industrial à Pós-Moderna. Novas teorias sobre o mundo contemporâneo. Jorge Zahar Editor. Rio de Janeiro, 1997.